domingo, 19 de abril de 2015

Curiosidades


Galo de Barcelos


Quando cheguei em Lisboa, lá atrás em 2005, fui passear pelas ruas do Chiado e sempre passava por lojinhas vendendo desses galos. 

Me lembro que, em criança, eu ganhei de um tio um Galo do Tempo, que todos os dias pela manhã eu ia até a cozinha só para ver a cor do raio do galo. Sempre rosa.... e eu esperando o azul.

Mas esse galo, o de Barcelos, eu não conhecia sua história, apenas acreditava ser um objeto típico de Portugal e que não fosse nada de especial.
Até que resolvi parar num quiosque perto da Igreja da Sé e perguntar ao vendedor o que significava esse galo.
Segundo ele, a lenda do Galo de Barcelos narra uma situação do milagre de um galo morto, na prova da inocência de um homem que foi acusado injustamente. Os habitantes de Barcelos andavam preocupados com um crime que não se tinha descoberto o criminoso. Um dia, apareceu um galego que acabou virando o suspeito. Então resolveram prendê-lo e condená-lo à forca, mesmo o galego afirmando e jurando que era inocente e que apenas estava de passagem numa peregrinação  até Santiago de Compostela.
Quando viu que não tinha jeito e que ia ser enforcado, pediu que o levassem ao juiz que o havia condenado. Após ser dada autorização, foi levado à residência do juiz, que no momento estava num banquete com amigos. O tal galego voltou a jurar inocência e, perante os presentes, apontou para um galo assado que estava na mesa e disse:
-"É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem". 
O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo, mas quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz.

Alguns anos mais tarde, o galego teria voltado a Barcelos para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo em louvor à Virgem Maria e a São Tiago, monumento que se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos. Este também é representado pelo artesanato minhoto, geralmente de barro, conhecida por Galo de Barcelos e é um símbolo de Portugal e foi adotado pelo dramaturgo português Gil Vicente como sua mascote.

Obs.: informações baseadas das anotações que fiz e de pesquisa no Wikipédia.



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