quarta-feira, 29 de abril de 2015

Culinária Portuguesa

  Bacalhau com Natas




Ingredientes

1 kg bacalhau
1 cebola picada
2 dentes de alho
4 batatas medias
1/2 litro de natas (3 latas creme de leite sem soro)
1 ovo
Queijo parmesão
Azeitona preta


Modo de Preparo

Demolhe o bacalhau em água até o sal ficar ao gosto, cerca de 24 horas.

Em uma panela coloque o azeite, doure o alho, cebola e em seguida coloque o bacalhau e deixe dourar.
Pegue as batatas corte em cubos e frite à parte.
Depois coloque as batatas juntamente com o bacalhau já dourado, só nessa hora coloque as natas ou creme de leite e misture tudo.
Bata 1 ovo inteiro e pincele o bacalhau, espalhe um pouquinho de parmesão por cima e decore com azeitonas pretas.

Coloque para gratinar no forno durante 30 minutos, até virar uma casquinha bem crocante.

Sirva com uma bela salada de alface, nada mais.


Bom apetite!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Onde ir

                               José Maria da Fonseca 



A arte de fazer bons vinhos!

José Maria da Fonseca nasceu no dia 31 de maio de 1804, na região do Dão. Após acabar a Universidade de Coimbra, fundou uma empresa no mercado dos vinhos que levou o seu nome em Vila Nogueira de Azeitão. Foram várias as inovações que fez na indústria do vinho, como por exemplo, a comercialização do vinho em garrafas. A empresa foi pioneira na criação de marcas como O Moscatel de Setúbal (1849), o Periquita (1850) e o Palmela Superior (1866). Todos vinhos reconhecidos pela qualidade, mas também pela imagem cuidada e moderna.

Até chegar os dias de hoje, a JMF passou por vários ciclos que a tornaram uma história de sucesso. É o mais conhecido produtor de Moscatel de Setúbal, um vinho que faz parte do patrimônio da família JMF e do país. 

Em 2007 fui convidada a conhecer a Casa-Museu da José Maria da Fonseca, sua história, as adegas e os vinhos. Passeamos por um jardim florido e super bem cuidado. Foi uma experiência interessante e no final, ainda tivemos um momento para provas de vinhos e queijos, também da região. 

Pra quem gosta de um bom vinho e ouvir histórias sobre a sua produção até a chegada ao mercado, vale muito a pena visitar.













domingo, 19 de abril de 2015

Curiosidades


Galo de Barcelos


Quando cheguei em Lisboa, lá atrás em 2005, fui passear pelas ruas do Chiado e sempre passava por lojinhas vendendo desses galos. 

Me lembro que, em criança, eu ganhei de um tio um Galo do Tempo, que todos os dias pela manhã eu ia até a cozinha só para ver a cor do raio do galo. Sempre rosa.... e eu esperando o azul.

Mas esse galo, o de Barcelos, eu não conhecia sua história, apenas acreditava ser um objeto típico de Portugal e que não fosse nada de especial.
Até que resolvi parar num quiosque perto da Igreja da Sé e perguntar ao vendedor o que significava esse galo.
Segundo ele, a lenda do Galo de Barcelos narra uma situação do milagre de um galo morto, na prova da inocência de um homem que foi acusado injustamente. Os habitantes de Barcelos andavam preocupados com um crime que não se tinha descoberto o criminoso. Um dia, apareceu um galego que acabou virando o suspeito. Então resolveram prendê-lo e condená-lo à forca, mesmo o galego afirmando e jurando que era inocente e que apenas estava de passagem numa peregrinação  até Santiago de Compostela.
Quando viu que não tinha jeito e que ia ser enforcado, pediu que o levassem ao juiz que o havia condenado. Após ser dada autorização, foi levado à residência do juiz, que no momento estava num banquete com amigos. O tal galego voltou a jurar inocência e, perante os presentes, apontou para um galo assado que estava na mesa e disse:
-"É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem". 
O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo, mas quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz.

Alguns anos mais tarde, o galego teria voltado a Barcelos para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo em louvor à Virgem Maria e a São Tiago, monumento que se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos. Este também é representado pelo artesanato minhoto, geralmente de barro, conhecida por Galo de Barcelos e é um símbolo de Portugal e foi adotado pelo dramaturgo português Gil Vicente como sua mascote.

Obs.: informações baseadas das anotações que fiz e de pesquisa no Wikipédia.



quarta-feira, 15 de abril de 2015

O que toca no meu Ipod


Carminho





Não tem como falar sobre o Fado e não pensar em Amália Rodrigues, fadista, cantora e atriz, considerada a voz de Portugal e uma das maiores cantoras do século XX. Rainha do Fado, como ficou conhecida, foi quem levou o Fado e Portugal pelo mundo afora. 

Quando aqui cheguei fui com alguns amigos até o Bairro Alto, zona mais conhecida da noite Lisboeta, e passamos por uma casa de fado.  Para ser bem sincera não me atraiu muito, principalmente porque achei triste, mesmo sem entender nada do que a letra dizia, fiquei emocionada de tal forma, que os olhos encheram-se de lágrimas. Pedi logo para ir a outro lugar mais animado e acabamos numa casa de Jazz. Quanta ignorância a minha.
     
Uns aninhos depois conheci a Carminho e comecei a acompanhar o seu trabalho. Ela já  passou por várias casas de Fado, participou de alguns filmes, espetáculos da Feira do Toiro (em Santarém), em 2005 recebeu o prêmio Amália, na categoria de Revelação Feminina, em 2011 participou da campanha do Pirilampo Mágico (campanha solidária) gravando um single com Ney Matogrosso, entre outros projetos de sucesso.

Em janeiro de 2015 foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique (uma Ordem Honorífica Portuguesa, que visa distinguir a prestação de serviços relevantes Portugal, no País ou no estrangeiro ou serviços na expansão da cultura portuguesa, da sua História e dos seus valores).

Carminho não é novidade no Brasil, seus shows estão sempre lotados e já fez parceria com muita gente boa da MPB, além de participar de programas de tv que já assisti daqui. Faz parte da geração jovem de fadistas e está sempre em destaque na mídia internacional.

Das músicas que já ouvi, a que mais gosto e destaco é "Saia Rodada", faz parte do seu terceiro álbum: "Canto".

Deixo aqui um link com o vídeo para quem quiser conhecer seu trabalho.

   
Carminho - Saia Rodada



sábado, 11 de abril de 2015

O que se come por cá


Amêijoas à Bulhão Pato





A primeira vez que vi amêijoas no mercado, fiz cara de poucos amigos e disse logo que não fazia questão de experimentar. Pra mim era a mesma coisa que os famosos caracóis. Lembro que assim que comecei a sair com meu atual marido, ele me convidou pra ir em um restaurante que eu iria adorar, mas coitado me levou justamente para comer caracóis. Disse a ele que se estava tentando me impressionar ou me conquistar, deu um tiro no pé. Não aguento nem ouvir o som que as pessoas fazem quando chupam o caracol. 

Voltando pras Amêijoas, a sensação que tive foi a mesma.
O tempo passou, e não é que outro dia eu provei o raio da Amêijoa e ADOREI!!!
Fomos almoçar na casa do meu cunhado e a mulher dele fez exatamente Amêijoas à Bulhão Pato. Mas dessa vez olhei pra elas e não me pareceram tão assustadoras assim. Um cheirinho mesmo bom e convidativo. Pra não fazer desfeita decidi provar um pouco para agradar os anfitriões e acabei até por fazer vergonha, porque comi, repeti, repeti e repeti. Só sei que, desde então, eu já fiz as amêijoas várias vezes e cada vez que faço ficam mais gostosas.

Resolvi pesquisar o nome do prato e descobri que Amêijoas à Bulhão Pato é um petisco típico da culinária portuguesa. Dizem que o nome, é um tributo ao poeta português Raimundo António de Bulhão Pato, após este ter mencionado um cozinheiro nos seus escritos. É um prato muito comum em marisqueiras e cervejarias e é confeccionado com amêijoas, azeite, alho, coentros, sal, pimenta e limão (para temperar antes de servir). Algumas receitas podem adicionar uma pequena porção de vinho branco.

As amêijoas à Bulhão Pato foram finalistas no concurso das 7 Maravilhas da Gastronomia portuguesa.
     

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Como tudo começou...


    Hà 10 anos (mais precisamente em 21 de março de 2005) desembarquei no aeroporto de Lisboa para uma breve estadia de 3 dias, mais ou menos, e depois iria visitar Coimbra e Porto, e de lá, seguiria viagem até chegar a Itália, destino tão sonhado.

Mas, felizmente, Lisboa me encantou de tal forma e se mostrou tão especial e instigante, que daqui nunca mais quis sair. 

    Ainda voltei pra casa, após esses breves 3 dias se transformarem em 3 meses, mas retornei 1 ano depois, para viver e descobrir um País deslumbrante.
E se já não bastasse essa paixão toda por Lisboa, ainda apareceu um gajo no meu caminho que, aos poucos, me conquistou e me mostrou que aqui era o meu lugar. Que Portugal havia me escolhido e que essa relação tinha que ser recíproca. Pois bem, aqui fiquei e construí minha vida e família.
   Me falta muito para conhecer, mas sou totalmente apaixonada por cada canto dessa terra, de Trás-os-Montes ao Alentejo, da Estremadura ao Algarve, pela sua cultura, sua cozinha deliciosa, seus vinhos, suas aldeias e seus encantos. Isso sem falar no clima e suas praias paradisíacas. 
   Amo meu Brasil e minha cidade maravilhosa, mas meu amor por Portugal é tão grande, tão verdadeiro que não me imagino mais fora daqui!
    Te amo Portugal!!!